20.7.06

Dinheiro traz Felicidade?

SÃO PAULO - Imagine como seria a sua vida se você tivesse mais dinheiro no bolso e pudesse realizar todos os seus sonhos de consumo, como por exemplo, comprar os gadgets> mais modernos ou os automóveis mais possantes. Será que você seria mais feliz?

Segundo a New Economic Foundation (NEF), a resposta é não. A instituição elaborou o Índice do Planeta Feliz, em que comparou os níveis de consumo e felicidade e a expectativa de vida de 188 países.

A pesquisa procurou avaliar o seguinte pressuposto: se a felicidade está realmente ligada ao consumismo, então é nos países com maior PIB (Produto Interno Bruto) per capita, nos quais as pessoas têm maior poder de compra, que estão os mais felizes do mundo.

Resultados gerais insatisfatórios
O resultado mostrou que esse laço não existe. O estudo também concluiu que nenhum dos países analisados atingiu o grau considerado de felicidade. Segundo a NEF, o índice vai de 0 a 100, sendo que um país feliz deveria ter pontuação acima de 83,5. Porém, a pontuação mais alta alcançada foi de 68,5 pontos, índice alcançado pela ilha do Pacífico Vanuatu.

Assim, segundo o índice, todos os países listados, sem exceção, obtiveram resultados abaixo do ideal, e foram poucos os que não ficaram completamente fora do ideal nas categorias individualmente, que incluem qualidade de vida, expectativa de vida e preocupação com o meio-ambiente.

Colômbia e Cuba no topo dos mais felizes
Um detalhe no mínimo curioso: 8 dos 10 países onde o índice de felicidade é mais alto estão na América Latina. Para quem pensava que o Brasil estaria na liderança do ranking, a decepção: o Brasil ficou apenas com a 63ª colocação. Em contrapartida, alguns de nossos vizinhos, registraram índices bastante elevados.

Esse é o caso, por exemplo, da Colômbia, que está em situação de conflito entre governo e forças armadas do narcotráfico, que ficou com a segunda colocação. Da mesma forma, Cuba que sofre com o embargo econômico dos EUA, ficou com a sexta colocação.

Até países como a Indonésia (23° lugar), vítima constante de tsunamis e terremotos, e o Timor Leste (48° posto), que além dos desastres naturais encara também conflitos civis internos, ficaram na frente dos mais ricos, como EUA, Alemanha e Japão, por sua vez, ficaram bem atrás. Nesses casos, as classificações foram em 150°, 81° e 95°, respectivamente.


Fonte: http://www.infomoney.com.br/suasfinancas/view_rss.asp?codigo=539367